sábado, 2 de maio de 2009

Brasil dois mil


Fez ontem, no 1º de Maio, 9 anos que eu fui ao Brasil pela primeira vez. Fui com a Renata e, nessa 2ª feira, abalámos de Lisboa bem cedinho num avião com destino a S. Paulo.

Chegámos lá a meio da tarde, hora local, e a minha primeira impressão dessa gigantesca cidade foi a vista aérea. Um nunca acabar de prédios que terminavam lá ao fundo da linha do horizonte, cobertos com uma densa neblina que mais tarde vim a saber que era poluição.
Chegadas ao aeroporto fomos de táxi para casa da Norminha uma amiga da Renata, médica e instrutora de SwáSthya, na Jaú.

Devido ao feriado e fim-de-semana alargado, as ruas estavam quase desertas. Fomos muito bem recebidas pela Norminha que com a sua alegria contagiante me fez sentir em casa. Uma das palavras mais usadas pela Norminha era "bárbaro". Quando achava que alguma coisa era fantástica ou maravilhosa, ela dizia sempre "bárbaro, mas que bárbaro". No ínicio não percebi o que ela queria dizer, mas depois comecei a achar graça a essa gíria :)

Uma das imagens que me ficou desse primeiro dia foi a seguinte: ao fim da tarde, estava eu na varanda do apartamento sito no 12º andar, a admirar a vista com o sol a deitar-se lá sobre a neblina e, de repente, vindos lá de longe dezenas de helicópteros rasgavam os céus como pequenos insectos a invadir a cidade. Pensei, mas que coisa o que será isto? Eram os latifundiários, donos de roças e outros endinheirados que regressavam a S. Paulo depois do fim-de-semana alargado.
Esta foi a primeira grande diferença que vi entre Portugal e Brasil. A enormidade de tudo! Das distâncias, do tamanho das cidades, do fosso entre classes sociais, da quantidade de gente nas ruas e muito mais.

Passei um mês inteirinho no Brasil, acompanhada pela Renata e uma semana mais tarde, também pelo seu filho Hugo, que já por lá andava há 6 meses. Foi um mês bárbaro (lol), em que conheci mais a fundo a egrégora e o trabalho da Uni-Yôga, conheci muitas Unidades, muitos instrutores e tive o privilégio de passear com o Mestre DeRose por lugares, tanto em S. Paulo como no Rio, dos quais ele tinha sempre uma história para contar.

Um desses locais foi o Rio, onde o Mestre passou a infância e a adolescência. Adorei ouvir as suas histórias, que me fizeram sentir como se estivesse dentro do filme do "Yôga, Mitos e Verdades".

Passeei muito pelo Rio, vi o sol a nascer no mar (em Portugal o sol põe-se no mar) depois de uma noite passada numa das discotecas da moda, bebi água de côco, andei no calçadão e dormi em casa da Bel e do Gustavo, um casal maravilhoso que nos acolheu muito bem.

A viagem continuou por Porto Alegre e Floripa onde fomos ao Fest-Yôga que congregou mais de 400 participantes vindos de todo mundo. Foi uma experiência fantástica!

E, pronto, aqui estão umas leves pinceladas do que foi a minha primeira viagem ao Brasil em 2000 :) Na foto a Renata, a Norminha e eu.

4 comentários:

  1. Eee que legal! Acho que lembro de ti neste Festival :)
    Um super beijo

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  2. Oi Le, mana querida! Foi nesse ano que eu te vi pela primeira vez. Nunca mais te esqueci! Beijinhos grandes do tamanho do Brasil ehehe

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  3. Recordar é viver.

    Que lindos quadros que aqui pintas.

    maria

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  4. Pois entao Zélia, ainda me lembro de ti, em SP na Uni-Yoga e em Floripa no Fest-Yoga.
    Saudades tuas e da Renata.
    Beijo do Giorgio.

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