Este texto foi escrito pela minha amiga Sandra Semblano, Instrutora da Unidade Carvalhido. Quero partihá-lo com vocês porque expressa, na perfeição, o que nós todos sentimos durante estes 15 dias fantásticos em São Paulo. Parabéns Sandrinha pelo teu belo texto.
Malas já desfeitas, recuperada do jet lag e assimilada a viagem quero agora deixar aqui a minha mensagem paulista.
Muitas histórias já foram contadas, centenas de fotografias partilhadas, mil mensagens foram trocadas, mesmo aqui no blog o querido Filipe já postou um artigo sobre a viagem, ainda assim e sem querer maçar, findo isto com uma necessidade imperativa de mostrar o que trouxe na minha bagagem... a minha vivência paulista!
Onze instrutores partiram de Portugal rumo ao festival, isso foi muito bom. Como éramos em número expressivo para formar um grupinho, conseguimos romper com a prenoção do português sério e sisudo e encantar nossa família brasileira. Amei ouvir por lá: "Esses portugueses são tão divertidos!" (leia-se com sotaque brasileiro). Foi muito engraçado, brincarmos com os costumes e trejeitos das nossas culturas.
Durante o festival aproximei-me do Mestre DeRose para dizer o quanto estava a adorar São Paulo. O Mestre perguntou-me: "Mas já conhece São Paulo?". Achei estranha a pergunta, pois numa semana de estadia nessa cidade, já tinha dado tempo para travar contacto com pessoas e lugares.
Depois percebi o que é conhecer essa cidade...
Tive o privilégio de privar com pessoas hiper-motivadas, inspiradas, felizes, figuras carismáticas do Método DeRose, conhecidas pelos seus talentos. Dessas pessoas, eu sempre pensei que lá teriam a sorte de ter nascido com alguma aptidão genética extra. Depois descobri que não. São pessoas que trabalham muito, num entusiasmo que contagia qualquer um, e que faz acontecer qualquer coisa. O maior talento é acreditarem que o que ainda não foi feito, não é impossível.
Falo agora, especificamente das escolas Anália Franco e Paes de Barros, com quem convivi mais de perto. Eu senti um grupo coeso que vibra numa energia de superação, que puxa e catapulta cada membro a evoluir. Como todo o mundo se apoia no grupo, ele é uma força energética que nunca pára e nunca se apaga. São pessoas que não somente fazem a filosofia, são pessoas que SENTEM a filosofia. Que estas modestas palavras sirvam para expressar o meu agradecimento profundo, por toda a amizade, dedicação, disponibilidade, ajuda e companheirismo que demonstraram ao receber os "tugas", nome com que carinhosamente nos apelidaram. A maior das dádivas foi o vosso exemplo. Sendo difícil dirigir um sincero obrigada a cada um (afortunadamente, vocês são muitos) aceitem o meu: MAHÁ OBRIGADA!!
E em resposta à pergunta colocada pelo Mestre: "Sim Mestre, conheci São Paulo!"
Como costuma ensinar, "viagens servem para rasgar antolhos". Foi exactamente isso que senti no final desta experiência, a visão mais ampla, o desmoronar de certos paradigmas.
Estamos agora aqui no Porto, contagiados pelo vosso entusiasmo, "realizando" como dizem os nossos irmãos brasileiros. Trazemos connosco Brasil e ficamos contentes de ter deixado convosco um gostinho português. Esperamos poder retribuir tudo isso, os "tuguinhas" cá vos esperam de braços abertos na Europa, sintam-se convidados!
Sandra Semblano